Se perguntar o que é o amor pra mim? Não sei responder. Não sei explicar. Este é o refrão de um samba do Arlindo Cruz.

O coração tem razões, que a própria razão desconhece.(Blaise Pascal)

Está foi a melhor frase que encontrei para explicar um pouco da minha historia. Foram longos onze anos de namoro. Juro era namoro mesmo. Talvez perdemos o tempo de oficializar a relação. Éramos ainda adolescentes quando nos conhecemos. No auge dos 16 anos de idade ambos. Do primeiro beijo ao namoro sério. Nem me recordo esta fase de transição. Foi tudo muito rápido. Logo nos apegamos. Com o tempo focamos nos objetivos pessoais, me formei em Gestão Ambiental, ele em Matemática. Depois fiz Pós-Graduação em Gestão Ambiental, não satisfeita decido cursar a segunda faculdade agora Jornalismo ele Engenharia. A família já era uma única. Ele era considerado como filho para os meus pais e vice-versa. A sogrinha ciumenta do inicio tornou-se minha fiel escudeira. E foi assim no desenrolar dos anos. Teria inúmeros detalhes a mencionar mas ai já daria um livro. Devido a imaturidade, falta de experiência e paciência. Passamos por crises, todas possíveis, as dos sete anos já ouviram falar? Idas e vindas foram marcando a relação. Algumas marcas irreparáveis. Enfim, com o tempo percebi o quanto mudei, e ele também. Com as experiências boas e ruins nossos valores foram se adequando a realidade. Foram litros de água que rolaram dos dois lados, para me defender claro acredito que foram litros a mais dos meus olhos. Ele é mais durão machista. Mas tudo valeu a pena. Me tornei uma mulher com M maiúsculo ainda que com 1,50 de altura. Nunca imaginei, sentir amor por uma pessoa e ter que deixá-la ir embora. Louco isso. Mas é um amor que tenho que guardar no coração e não tocar, porque quando toco dói. Tentamos de todos os jeitos e maneiras possíveis. Quando nos relacionamos com alguém acontece uma troca de varias coisas. Eu entro com as minhas coisas e o parceiro com as dele. Mas mesmo na troca precisa ter duas pessoas inteiras no sentindo de segurança individualidade para não deixar a dependência emocional ser a espinha dorsal. Mas não existe receita de bolo perfeita. É vivendo e aprendendo no dia a dia. Fizemos viagens incríveis, algumas um pouco tensas, mas muito legais. E de tudo fica um pouco. Ele faz parte da minha historia e da minha vida. Quanto a fatos não ha argumentos. A vida é assim cheia de encontros e desencontros. Estou sozinha sim sendo uma boa companhia para mim neste momento. Quanto ao futuro, nem sei o que me aguarda. E viver para ver.