Copiem.
Decorem. Aprendam.
Temos
a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor nos bares,
buscamos o amor na internet, buscamos o amor na parada de ônibus. Como num jogo
de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas
salas de aula, nas platéias dos teatros.
Ele
certamente está por ali, você quase pode sentir seu cheiro, precisa apenas
descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o
amor salva, só o amor traz felicidade. Há quem acredite que amor é medicamento.
Pelo contrário.
Se
você está; deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproxima, e,
caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com
saúde e leveza, ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro
horas, como um antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de
auto-estima.
Você
já ouviu muitas vezes alguém dizer: “Quando eu menos esperava, quando eu havia
desistido de procurar, o amor apareceu”. Claro, o amor não é bobo, quer ser bem
tratado, por isso escolhe as pessoas que,antes de tudo, tratam bem de si mesmas.
O
amor, ao contrário do que se pensa, não tem de vir antes de tudo. Antes de
estabilizar a carreira profissional, antes de fazer amigos, de viajar pelo
mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir de seu
surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o
sucesso nos outros setores, quando, na verdade, o amor espera primeiro você ser
feliz para só então surgir, sem máscara e sem fantasia.
É esta
a condição. É pegar ou largar. Para quem acha que isso é chantagem, arrisco-me
a sair em defesa do amor: Ser feliz é uma exigência razoável, e não é tarefa
tão complicada.
Felizes
são aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas
oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se auto-flagelam por causa
dos erros que cometem. Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com
piscinas, carros e muito menos com príncipes(ou princesas!!) encantados (as).
O amor
é o prêmio para quem relaxa. As pessoas ficam procurando o amor como solução
para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por
você ter resolvido os seus problemas.
Sobre
a autora: Martha Medeiros (Porto Alegre,
20 de agosto de 1961) é uma jornalista e escritora brasileira. Filha de José
Bernardo Barreto de Medeiros e Isabel Mattos de Medeiros, é colunista do jornal
Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro. Casou-se com o
publicitário Luiz Telmo de Oliveira Ramos e tem duas filhas. Estudou no Colégio
Nossa Senhora do Bom Conselho, tradicional de Porto Alegre, localizado nos
arredores do bairro Moinhos de Vento. Formou-se em 1982 na Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre.
Trabalhou
em propaganda e publicidade, mas logo se sentiu frustrada com a carreira.
Quando seu marido recebeu uma proposta de trabalho no Chile, decidiu que uma
mudança de país seria uma ótima oportunidade para dar um tempo na profissão.
Esta estada de nove meses no Chile, na qual passou escrevendo poesia, acabou
sendo um divisor de águas na sua vida. Quando voltou para Porto Alegre,
começou a escrever crônicas para jornal e, a partir daí, sua carreira literária
deslanchou
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